terça-feira, 28 de maio de 2013

Alguma coisa, dentro da gente, sempre sabe exatamente quando termina.

Desabafo:

É madrugada de terça-feira, 29 de janeiro, quase um mês que terminamos. Não consigo me conformar com o fato de não te ter mais, não te beijar, não te sentir, não me sentir em você, não te tocar, não entrelaçar tua mão na minha... Eu tento ser feliz, tento viver minha vida como você sempre pediu, e até consigo algumas vezes, mas eu me acostumei com você. Minha rotina, minha vida era você, e você se foi e levou todos os meus sorrisos. E agora? Como fico? Como faço pra sorrir? O motivo da minha felicidade era você, hoje vivo de poses.

Vez ou outra até me pego sorrindo, e no meio da minha gargalhada alta lembro-me de como seria bom se você estivesse comigo pra gente sorrir junto, pra gente ser feliz junto, e aí eu fico triste de novo. A realidade me sufoca. O futuro me apavora. Não sei o que faço, por onde devo ir, como fico, mas confio em Deus. Porque ser assim? Se a gente se dá tão bem, porque não tentar de novo? É só você querer, eu ainda quero tanto... Você é um bobo, não passa disso, mas porque eu não consigo te esquecer? Porque não desisto dessa história?

Você já pôs um ponto final há tanto tempo que até já esqueceu quem eu fui pra você, se é que eu fui alguém... Acho que lembra apenas como “uma aí que diz me amar”. E eu até concordo, sou a que nunca amou tanto alguém na vida quanto te ama, a que nunca quis tanto um beijo como quis o seu, a que nunca quis tanto alguém, pra cuidar, amar, mimar, fazer feliz, como eu quis e quero você. Não me arrependo nem me envergonho de ser assim tão aberta, clara e transparente contigo. A base de uma relação é a lealdade, sinceridade acima de tudo, não é isso? Dói saber que tudo é assim, tão diferente do que eu sempre quis pra nós dois...

Às vezes o celular toca, é uma mensagem, e tantas vezes eu desejei que fosse você, mas nunca era. Peço a Deus pra cuidar da gente, de você principalmente, e do meu coração tão aflito e manso. Sofrimento maior é ficar sem você, meu amor. Todos os meus planos para o futuro são ao seu lado. Todos. Namoro, noivado, casamento, filhos, casa cheia, família reunida, a felicidade, eu e você. Eu sei, não é o que você quer, não é o que você vê pra você... Mas infelizmente, ou felizmente, essa é a minha visão de futuro, de realização.

Você, me realizando como namorada, como mulher, como mãe dos seus filhos, como pessoa. Mudo mundo e fundo por você, movo céus e terras pra te fazer feliz e tu sabes disso. Dói tanto, amor. Me fala que tudo isso vai passar, que eu vou me curar, vou voltar a sorrir, encontrar um motivo pra viver, que vou ter você. Não, não enjoa de mim não, não me manda embora da tua vida não, eu deixei de me amar tantas vezes pra todo o meu amor ser só seu, e você faz assim?

Eu sei, amor não se implora, e no decorrer que escrevo, percebo que só fiz isso desde a primeira linha. Desculpa. Pelos meus dramas, minhas crises de ciúmes, existenciais, minha possessão tão exagerada... Desculpa tanta loucura, te escrever, te desejar todos os dias, sonhar contigo todas as noites, é tudo tão difícil pra mim, negrinho. Se põe no meu lugar um minuto e sente minha dor, vê que é amor o que eu sinto, e não duvida dele. Só não repara meu coração, ele ainda tá machucado, e eu soquei ele até ele diminuir só pra você não se assustar com o tamanho.

Minhas lágrimas transbordam, outrora tá tudo seco, tão seco que tento chorar e não consigo. É inevitável, os dias se passam, fico mais assustada. Inconformada: essa é a palavra certa. É tão triste o dia que promete mais um dia sem ti, é tão dura a noite que cumpre a promessa... Na medida em que escrevo, vai passando o sufoco, solto as palavras entaladas. Imagina? “Morreu sufocada com as palavras que não disse.” Não, falo na lata. Choro mesmo, grito mesmo, bebo mesmo, mando mensagem mesmo, imploro mesmo, arrisco mesmo, me dou mesmo, me dôo também, no sentido de me doer, mas prefiro assim.

Minha mão já ficou dormente, meu corpo também, estou na mesma posição desde o primeiro parágrafo e isso incomoda. Mas ainda assim a dor de dentro é maior. Seria tão menos doloroso se o coração também ficasse dormente, mas nada passa, a dor continua aqui, intensamente. E ela não me larga, fez moradia no meu peito e acho que não tem previsão de partida. Eu fecho os olhos e peço a Deus com tanta fé pra que tudo mude. Será que Ele me ouve? Prefiro achar que sim, mas que ainda não é o momento certo pra gente.

Me pergunto se você existe mesmo, e em que ponto eu deixei de ver você como você é e passei a ver você como eu desejava que fosse. Infelizmente, eu sei, isso é a verdade... Mas olha, enlaça tua mão na minha de novo, me beija, me pega de jeito, me aperta, eu te quero tanto, meu Deus, eu te quero tanto! E ei, vem cá, deixa eu te fazer cafuné, respira suave pertinho de mim, eu preciso de você, isso é pedir demais? Você é o dono dos meus textos mais bonitos, românticos, dramáticos, sensíveis, apaixonados, intensos, verdadeiros e realistas. “Tudo é você na minha vida você é tudo.”

Assim mesmo, feito aquelas frases cheias de nuances que se escreve e elas são.. ah, nãosei explicar, dessastipo “all you need is love is all you need.” Enfim… É difícil, viu? E ter que pensar que tua decisão é essa. Acabou. Sem retorno. Sem perguntas. É vida que segue, eu sei. Mas tenta na prática... Tem dias que peço pra morrer, tento morrer, mas nem força pra isso tem mais. Não é drama não, você é o amor da minha vida mesmo. O amor da minha existência e ponto final. Não se discute mais. Mas a vida nos dá livre arbítrio, preciso aceitar.

Mesmo que eu tenha que guardar o meu amor num cofre. E trancar. E jogas as chaves fora. Não por querer, mas sim por precisar. Por ser o certo a se fazer. E ainda assim, sei que continuaria te amando. Mesmo que nossas vidas tomem rumos totalmente diferentes, mesmo que você faça tudo o que eu quero fazer com você, com outro alguém... Ainda assim, passando 1 dia ou 100 anos, é você, não tem jeito. Não sei se fico feliz por ter tanto amor em mim, ou se fico triste por ser tanto amor assim, e tanto amor não ter proveito.

Mas é a vida, não é? Bola pra frente. Não, mentira, hipocrisia minha tentar seguir sozinha. Não aceito o nosso fim e o mundo inteiro sabe. Pronto. Falei. Já era. Meu amor tá aí escancarado, jogado aos quatro ventos e você nem aí. E isso é a pior parte. E as minhas recaídas... Eu recaio todo o tempo, me levanto ,caio de novo. Desespero: eis a palavra que melhor me define. E nunca. Nunca apaguei nossas fotos, nunca apaguei nossas conversas, nunca apaguei suas mensagens, nunca excluí nosso álbum do facebook. Simplesmente não consigo. E disso ninguém sabe.

Como num filme, passou na minha cabeça as tantas e tantas vezes que você falou: “não crie expectativas.” Bem que eu poderia ter dado ouvidos... Agora fico aqui, noites e mais noites de insônia, e quando finalmente consigo dormir, sonho com você. Olha só, você não ajuda! Lembrei de outro fato irônico: a quem eu recorro pedindo ajuda pra sarar minha dor? A você. E quem causa minha dor? Você. Mais que droga, é tudo você!

Me vejo tão dependente de ti, que é a ti que eu recorro. Tão dependente a ponto de achar que se não for com você é melhor eu nem tentar... Eu sei, você quer meu bem. Eu sei, somos diferentes. Eu sei, eu sei de tudo. Só vou te prometer que vou fazer por onde ficar bem, mas não sei se consigo andar pelo certo sem você. E olha... só uma última coisa: “já não vejo motivos pra um amor de tantas rugas não ter o seu lugar.” Me cuida, eu ainda te cuido... e te amo.

(Brunna Mazzucchelli)

Não dói mais

Eu queria te contar que agora não dói mais. Só que agora não importa tanto o que você vai pensar sobre isso. Queria que você soubesse que já vi nossos filmes milhares de vezes e nem chorei. Ok, chorei. Mas pelo filme, e não por você. Queria que você soubesse que tirei a poeira das nossas músicas, e que as ouço quase todos os dias. Porque elas me faziam mais falta do que você fez. Os nossos lugares não são mais nossos. Eu já voltei lá com outras pessoas, e escrevi lá outras histórias… Eu estou aprendendo a tocar violão. E a primeira música que toquei foi aquela música que era uma espécie de hino pra nós dois. Ela é tão linda… E sim, ela continua sendo muito nossa e lembrando demais você. Mas ainda sim, não dói. Você não pergunta essas coisas, mas sei que gostaria de saber. Porque te conheço. E isso não mudou. Do mesmo jeito que adivinhei as coisas ruins que você aprontaria, eu sei as coisas boas que ficaram aí em você e te fazem lembrar de mim. Porque a vida segue. Mas o que foi bonito fica com toda a força. Mesmo que a gente tente apagar com outras coisas bonitas ou leves, certos momentos nem o tempo apaga. E a gente lembra. E já não dói mais. Mas dá saudade. Uma saudade que faz os olhos brilharem por alguns segundos e um sorriso escapar volta e meia, quando a cabeça insiste em trazer a tona, o que o coração vive tentando deixar pra trás.

Não me deixa

Eu nunca acreditei em coincidências, mas também nunca acreditei em destino tanto assim. Aí aconteceu você. Eu já senti muitos gostos na vida, do amargo ao doce, mas nenhum deles se compara ao seu. E toda essa paz, que vira e mexe eu até estranho. Pela primeira vez eu não precisei pesar prós e contras, meus apegos e minhas vontades, porque eu só conseguia e queria ficar. Mesmo sem saber, dessa vez não foi difícil, pelo contrário, foi natural. Assim, sem complicação ou drama. E viver sem drama é totalmente inédito pra mim. Eu não preciso me dosar ou ter você em doses homeopáticas, porque nenhum exagero é suficiente com você, nunca. Não dá nem pra ser neurótica mais, vê se pode! Nunca pensei que desse pra tudo ser tão leve. Nunca pensei que desse pra ser tão recente e tão intenso. Tão tempestade e brisa. Acho que também não pensei que ainda desse pra ser. Não mais. E no momento mais sublime da minha redenção, no auge da minha desistência, me vejo sua, numa fração de segundos. Sem esforços ou sacrifícios, só porque me faz um bem sem tamanho e eu precisava tanto. Como um sonho. Dá até medo de estragar. Então vou te pedir um favor: Não me acorda. Nem me deixa acordar. Não me deixa.

sábado, 25 de maio de 2013

Valorize-se!

Quer um conselho? Não ligue, não procure, não se importe.
Por mais que doa, por mais que te faça falta.
Evite conversas paralelas e os famosos "chameguinhos".

Eu não estou te pedindo pra esquecer,
Mas tente ao menos deixar de antemão.
Você vai ver como um desprezo resolve.

Eu sei o quanto isso é difícil,
Mas por favor, se contenha.
Tente ver o lado positivo disso tudo.

Por mais que não pareça, há um lado bom.
Nada de choro, nada de lágrimas,
Nada de brigas, nada de drama mexicano.

Coloque as idéias no lugar, comece a se cuidar mais.
Faça coisas novas, produtivas.
Seja melhor pra você e para os outros.

Viva mais, curta mais, sorria mais.
Sonhe mais, se ame mais.
Valorize-se!

De Repente

E de repente chegou.
E de repente ficou.
E de repente me trouxe uma paz tão grande.

E de repente te senti, enfim.
E de repente te quis assim.
E de repente e pra sempre te quero em mim.

Quero

Quero ser teu aconchego.
Quero ser teu refúgio.
Quero ser teu poço de confiança.

Quero ser tua caixinha de segredos.
Quero ser teu amanhecer.
Quero ser tua fonte de esperança.

Não te darei mais do que disponha.
E não pedirei mais do que pode me ser dado.
Apenas quero ser tua, e têr-te.

Preciso de você

Você me ensinou muita coisa, a te respeitar, te admirar, te querer, só não me ensinou a te amar, isso aprendi sozinha. Sabe, quando estamos distantes, mesmo que por horas, sinto muita saudade. A vida fica surda sem você, porque o volume do mundo abaixa para ouvir meu grito interno. Às vezes sinto que você vai me querer pra sempre, e vai assumir tudo isso e ficar ao meu lado pra sempre. Porque eu ainda sou frágil, preciso de você, preciso que cuide de mim.

sexta-feira, 24 de maio de 2013

Eu quero e ponto.

Minha vida sempre foi feita de pontos finais. Frases curtas. Começo, meio e fim. Ou só começo e fim. Ou mesmo, só fim. Mas tudo sempre acabou, fácil demais. Rápido. Eu te amava ontem, mas hoje eu não amo e pronto. E ponto. E fim. Todo meu peso de ser dona de mim, fez com que me tornasse uma perita em despedidas. Expert mesmo, de já conhecer a hora de chorar, de abraçar, de dizer as últimas palavras e já não engasgar com o silêncio da volta pra casa. Eu aprendi a perder, por entender que nem sempre ganhar vale a pena. Por não acreditar em fadas, duendes ou em amor eterno. Por não esperar muito de ninguém. Por ser curta e fria. Mas lá dentro, lá no fundo, lá no meu âmago mais escondido tudo que eu queria era algo que não tivesse ponto final. Sonhar não faz mal, meu avô sempre dizia enquanto fazia a barba e ouvia os números da mega-sena que ele nunca chegou nem perto de ganhar. Eu sonho com algo diferente. Eu sonho com o insonhável. Não quero casa de praia, nem abajur bonito na sala. Nem marido de barba mal feita que se abaixa na porta pra receber nosso filhinho começando andar. Eu quero quebra de regras. Não quero a família ideal, nem aliança no dedo, nem jantares em restaurantes caros no final de semana. Eu quero a bagunça do sentimento. Quero brigar e beijar. Quero daqui trinta anos sentir a mesma vontade. Quero poder falar o que eu quiser, dançar tango de madrugada pela casa. Quero engravidar sem querer e eu mesma pintar o quarto do meu filho. Quero uma foto do homem que eu amar na carteira, daquelas bem feias 3x4 pra quando eu olhar, rir e pensar “Até feio, ele é bonito”. Quero que seja bonito, mas não muito. Quero que me mande ficar quieta e me jogue almofadas, quando eu começar a fazer birra. Quero que ria de mim. Quero que ria comigo. Quero que tenha alguma mania insuportável pra eu poder reclamar no café da manhã. Quero que meu filho tenha o nome do meu avô. Quero aquele sexo com olho no olho, boca na boca, pele na pele, com tesão sobrenatural. Sem hora marcada, sem esconder desejo. Quero o amor na essência dele. Quero a convivência complicada de ser dois. E depois três. Quero parar de acreditar que tudo acaba, mesmo que de fato, acabe. Quero ser chamada de louca, por ter uma vida tão estranha e parecer tão feliz. Eu quero deixar de lado os pontos finais e começar usar vírgulas, reticências, exclamações. Quero algumas interrogações, pra não perder o costume. Quero um pouco de dinheiro e tudo de saúde. Um cachorro que não saiba fazer truques direito e uma empregada com sotaque espanhol. Quero deixar de escrever textos curtos e escrever um livro. Um livro que vou chamar de “Sem fim”. Porque ele vai acabar, mas só na última página.

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Então, não perca seu tempo comigo.

Então, não perca seu tempo comigo. Eu não sou um corpo que você achou na noite. Eu não sou uma boca que precisa ser beijada por outra qualquer. Eu não preciso do seu dinheiro. Muito menos do seu carro. Mas, talvez, eu precise dos seus braços fortes. Das suas mãos quentes. Do seu colo pra eu me deitar. Do seu conselho quando meu lado menina não souber o que fazer do meu futuro. Eu não vou te pedir nada. Não vou te cobrar aquilo que você não pode me dar. Mas uma coisa, eu exijo. Quando estiver comigo, seja todo você. Corpo e alma. Às vezes, mais alma. Às vezes, mais corpo. Mas, por favor, não me apareça pela metade. Não me venha com falsas promessas. Eu não me iludo com presentes caros. Não, eu não estou à venda. Eu não quero saber onde você mora. Desde que você saiba o caminho da minha casa. Eu não quero saber quanto você ganha. Quero saber se ganha o dia quando está comigo.

terça-feira, 24 de maio de 2011

Ontem Chorei...

        Por tudo que fomos. Por tudo o que não conseguimos ser. Por tudo que se perdeu. Por termos nos perdido. Pelo que queríamos que fosse e não foi. Pela renúncia. Por valores não dados. Por erros cometidos. Acertos não comemorados. Palavras dissipadas. Versos brancos. Chorei pela guerra cotidiana. Pelas tentativas de sobrevivência. Pelos apelos de paz não atendidos. Pelo amor derramado. Pelo amor ofendido e aprisionado. Pelo amor perdido. Pelo respeito empoeirado em cima da estante. Pelo carinho esquecido junto das cartas envelhecidas no guarda-roupa. Pelos sonhos desafinados, estremecidos e adiados. Pela culpa. Toda a culpa. Minha. Sua. Nossa culpa. Por tudo que foi e voou. E não volta mais, pois que hoje é já outro dia. Chorei. Apronto agora os meus pés na estrada. Ponho-me a caminhar sob sol e vento.